Eu envelheci. A nostalgia do Natal e toda a atmosfera que se instaura para mais um ano que vai tecendo seu adeus me fizeram pensar em cada passo dado até chegar ao estágio de vida que se apresenta a mim. A cada dia, a saudade da infância parece aumentar e isso soa como um sinal de que, sim, a vida adulta parece ter chegado e com ela todo aquele discurso que não acreditávamos quando menores. Queríamos, àquela época, apenas crescer, mesmo que não soubéssemos o quanto o peso dos anos seguintes exigiriam, dentre outras coisas, a veracidade do ser, a responsabilidade do escolher e a autonomia do querer.
Minhas palavras de fim de ano soarão diferentes dos anos anteriores. Não em termos de sentimentos, pois estes me acompanham como o mais fiel bichinho de estimação que rastreia o caminho de seu dono sem sequer questionar suas certezas. Mas, soarão diferentes em termos de reflexão, do aprendizado evoluído até aqui e do que espero para os dias que se seguirão. Os meus desejos confundem-se com meus aprendizados e a cada dia estou mais convicto de que são estes os grandes derradeiros a nos guiar pelas trilhas descobertas na vida. Um ano, sem dúvidas, difícil. Em diversos âmbitos, presenciamos nossos gritos calarem-se diante das imposições surdas; compadecemos, mesmo agoniados, daquilo que nos empurravam goela abaixo; a barriga doeu como um soco de um possível envolvimento numa briga de rua; nossos olhos arderam, incrédulos com tamanhas desgraças, com os discursos de ódio, com as ações sem fundamentos, com a eleição de algozes que vieram nos abster de uma boa noite de sono... Respiro. Precisamos respirar, compassadamente. Ficamos cada vez mais dependentes de exercícios que nos livrem do peso do que é ser adulto e do que é enfrentar dias tão difícies como esses que vão ficando no passado, mas cravados de maneira tão bruta no nosso presente. Aprendi que não quero conviver com pessoas inverídicas; cansei de suas caras falsas, de seus relacionamentos abusivos e de suas palavras que soam como o pior ruído a ser escutado durante a vida. Queria a inocência da criança de volta. Cansei de suas comodidades favoráveis apenas quando lhes convêm. Prefiro que se afastem, por si mesmas. Não me farão falta. Nem que me reste apenas alguns ou nenhum, mas saberei que aquilo que restar é a verdade que se apresentou a mim. E vou ficar feliz de abraçá-la, de amá-la e de dizer o quão completo eu mesmo sou. Por favor, só fique se for para me transbordar. Aprendi que discursos são hipócritas, assim como as ações. Aprendi a desacreditar em muitas pessoas, em jornais, na televisão. Aprendi que alguns falam de amor e de liberdade, mas em pequenas atitudes cultuam o ódio e o aprisionamento. Entoam o perdão, mas guardam a mágoa. Discursam em prol da ajuda, mas arquitetam o melhor para si. Acreditam no empoderamento coletivo, mas nomeiam seus aliados. Oram pela paz, mas contribuem pelas intrigas. Mera diversão de seres humanos que se assustam pelos discursos e pelas ações gratuitas de ódio, mas sequer olham para suas atitudes e seus reflexos diante do espelho. Nos usam como quer, como acham que deve ser e quando você se tocar que te abusam e vai de encontro ao que faziam, não valerá mais nada daquilo que valia quando era conveniente ao outro. Não nos iludamos mais. Aprendi que os ditos amores eternos também se acabam. Tentei viver amores eternos. Talvez tenha falhado, talvez falharam comigo. Não quero me culpar, nem devo culpar o outro. Somos assim mesmo, como máquinas complexas que a cada dia parece pairarmos apenas sobre nós mesmos: alguns no modo de autorreflexão; outros, apenas no modo do ego. Amar o outro exige que amemos a nós mesmos primeiro. Talvez seja um despreparo pessoal, mas a busca pela evolução deve continuar. E quem disse que sabemos o que é amar? No momento, talvez, o amar se apresente no ganhar das experiências, fazendo-nos acreditar que também aprendemos com as perdas, com aquilo que não deu certo e com o que acabou de virar história. Está no livro da vida agora, como algo que marcou e que vai me guiar. Aprendi, em suma, que é preciso renovar a esperança. Eu quero renovar o aprendizado da vida, quero viver dias melhores e fazer de toda essa nostalgia do Natal e do fim de ano motivo suficiente para incrementar em mim a bondade que espero no outro, o carinho que me retribuem nas ações, a sabedoria que me eleva a um estado de espírito sem precedentes, a irmandade que partiu das raízes da minha família e os votos de esperança de que se construa um futuro, sim, de mais amor e compaixão, de alegria e comunhão, de força e união. A esperança de renovar os laços de amizades que tanto me fortalecem; de amar aqueles que me amam na mesma intensidade de seus sentimentos; de bater o coração junto ao outro nos pequenos presentes de atitudes diárias que me proponho a conceder; de ser grato pelo que o outro faz a mim; de agradecer, de persistir e de ter fé. Deixo aqui, minha gratidão de ter crescido, de que mesmo tendo saudade de épocas passadas, é para o futuro que devemos viver, é o presente que devemos enaltecer e é pelo passado que devemos continuar a aprender. Por mais que o andar seja propriedade minha, não conseguiria caminhar sozinho. Portanto, obrigado a você que anda comigo e que despertou em mim tudo isso que vos escrevi. O aprendizado continua, meu amor se fortalece a cada dia e a esperança de continuar tendo as verdadeiras almas de criança junto a mim refloresce. Vivemos dias difíceis, mas a luta só é digna e fortalecida por ter vocês juntinhos a mim. Feliz Natal e um 2017 de esperanças.
0 Comments
Li um texto esses últimos dias que falava a respeito de diferenciação e homogeneização da sociedade atual. Como tudo que está ao nosso redor, inclusive os serviços oferecidos em plataformas digitais, tende a cada dia unificar os gostos, no qual apenas os semelhantes desenvolvem uma relação afinco e tal aspecto, ligeiramente, acaba tomando uma tônica de distinção entre os entes envolvidos.
Ao ler esse texto, automaticamente, minha mente processou algo ligado à paquera. O estímulo pela busca por um(a) parceiro(a) é sempre dado pela tônica do seu semelhante. Procura-se alguém de idades próximas, com gosto musical semelhante (e nem venha dizer que não gosta do artista o qual o outro é fã!), formação acadêmica similar, objetivos de vida em comum e alturas próximas ou iguais. Okay, tudo isso, em tese, são gostos pessoais e é isso, talvez, que nos motiva ir atrás de alguém com características semelhantes. Afinal, estamos cada vez mais habituados com as facilidades cotidianas, enraizando em nossos instintos que lidar com o diferente é mais difícil e que tomamos como certeza que nada poderia dar certo numa mistura nem um pouco homogênea. A altura, neste quesito, me impressiona: é incrível como pessoas objetivam em outra a semelhança de altura. É, sim, um critério de diferenciação que cada vez mais torna-se exigente na procura incessante por uma companhia. E tudo isso, associado a outros vários fatores, vão proporcionando cada vez mais um distanciamento entre pessoas que poderiam se descobrir juntas, lidar com suas diferenças e abrir-se para novas oportunidades de descobertas. É triste, mas é um fato. Eu fico imaginando o porquê de as pessoas acharem que esses critérios são necessários para se ter uma relação a dois ou até mesmo para o desenvolvimento de outros tipos de relação. Afinal, você é definido(a) pela sua altura? E suas emoções, as histórias que você tem para contar, sua experiência de vida, seus pensamentos? Tudo vai se resumir a um mero 1.70m? Dizem que devemos ter equilíbrio na vida. E é aí que eu acredito entrar o fator de relevância desse aspecto social/cultural, talvez. Não se relacionar, de sobremaneira, com alguém mais baixo(a) que você, certamente, não é um aspecto saudável de se encarar a vida. Como as oportunidades que surgem em sua estrada podem ser meramente descartadas por um fator tão mínimo, entende? Não quero encarar a vida assim. Sofremos muitas limitações em nossos dias e cada vez mais a sociedade nos impõe outros critérios de diferenciação, e isso é suficiente, basta! Nem vou entrar no mérito de discutir como a astrologia (e o vasto mapa astral) se tornou mais um critério (pesado) de diferenciação entre as pessoas. Os signos de fogo que o digam... Até quando a busca por nossos semelhantes deixará de ser um critério de autoexclusão para se tornar a busca pelo aprendizado a lidar com as diferenças e saber que a melhor experiência da vida é quando nos transbordamos pelas diferentes experiências do outro, que também acabam se tornando as mais altas histórias a serem contadas? É dessa altura que quero falar, o devaneio que não se mensura, deixa apenas ele flutuar... Estava sentado defronte àquela luz transcendente da tela do computador. Dividia a perspectiva do olhar com a enorme janela ao meu lado. O olhar se desviava. Ia para longe. Ele sempre viaja na imensidão daquele misto preto e branco da noite silenciosa e fria. Na verdade, o olhar falava pelo coração. Era a vontade maior de estar lá. Lá onde a saudade não bate à porta, onde o calor da emoção ultrapassa o abraço apertado ou o mais carinhoso beijo.
Dividi o olhar com o aperto do coração. Se era no lá que gostaria de estar, infelizmente não era lá que eu estava. Estava ali no retângulo de paredes construídas para me abrigar daquele vento que se fazia soar por entre as aberturas. Ele também soprava na abertura do meu coração, naquele vazio inesperado, na ansiedade por uma espera, por um momento, por uma vontade, por um instinto, por uma personalidade. Olhei de novo. Era inevitável não se deixar entregar à paisagem urbana. O silêncio arrebatador das ruas calmas fazia jus ao momento sugerido, da falta do acalanto, da saudade difundida. Só se via e sentia. Era uma mescla para sonhadores com insônia tomando xícaras de café noite adentro. O pensamento ia longe, junto ao olhar, até a imensidão homogeneizar-se com a escuridão do mar da noite. Levava-me espiritualmente para lá, para rir, comer, beber, jogar conversa fora. Amar-se. Continuava sentado defronte à tela do computador. O olhar continuou a tentar entreter-se com as palavras que vos digo com a imensidão do mundo bem ao meu lado. Está bem pertinho. Sinto sua respiração ofegante e perturbadora, chamativa para entregar-me sua chave. A chave do mundo. Do meu, do nosso mundo. Its time nos acordes do som baixo. Olhou-se a janela mais uma vez. Luzes piscavam ao longe. Faltava alguma coisa. Alguma coisa faz falta. O sorriso neste momento, talvez. Mas a noite dessas ruas silenciosas não deve ser tão longa assim. Fiquemos à espera do dia. Por enquanto, continuo a devanear defronte à tela de luzes transcendentes e perpendicular à imensidão de minha janela. Perpendicular à imensidão da abertura para o mundo, o meu, o nosso mundo... Os ensaios para escrever essas palavras foram realizados há semanas. O professor era o devaneio constante em noites, agora, até que bem dormidas. Foram ensaios constantes de frases, metáforas, conjugações, significados, plurais. Se fosse definir o tema em questão por meio do lápis, com certeza diagramas seriam a melhor solução para discorrer sobre essa qualidade disponível a todos nós, mas só a tem quem realmente sabe valorizar o que te faz grande na vida: os mínimos.
Considerar foi um verbo que se apresentou sem nenhum pingo de medo ou de vergonha. Bateu na porta como se fosse vender um produto qualquer e não tinha nenhuma pretensão de sair dali tão cedo. Na verdade, poderíamos chamá-lo de um hóspede no hotel da vida. Como um bom hóspede, procura-se o melhor lugar para ficar. Acho que tive sorte nesse negócio, afinal não são todos que conseguem fazer isto lucrar. Pois é. Desde que a consideração habita pelos meus corredores, posso-lhes confidenciar: o foco da vida parece mudar. Ou, em outra hipótese, a lente passa a enxergar o quanto tantas coisas miúdas podem ser reveladas e enquadradas numa pictórica relação de amor, carinho e amizade antes, talvez, não estabelecida por essa máquina enferrujada ou prestes a ser inaugurada. Estava desfocada. E essas palavras bem que se encaixariam em nosso diagrama. Considerar puxa consigo muitas outras derivadas. Considerar representa respeito; a consideração é sinônima da educação; consideremos o vocábulo confiança; podemos enumerar tantas outras palavras que englobam o universo da consideração, mas o mais importante que temos a falar dela é de como a utilizar. Uns sustentam a pífia argumentação de que o fato de considerar alguém e todos os plurais que este sentimento (sim, é um sentimento) traz consigo é um caminho para se tornar uma pessoa pegajosa, mas confesso que não vejo sentido algum nessa tentativa de hipótese. Para mim, a consideração é, sim, uma trajetória que apenas quem realmente sabe impor a vida com a verdade consegue trilhar, uma verdade de poucos em reconhecer suas próprias fortalezas, fraquezas, sinceridades, momentos de forma a engrandecer-se como ser humano e fazer de quem está ao seu redor pessoas ainda mais felizes. A consideração não anda sozinha. Jamais! Está em seu pré-requisito a união de dois ou mais elementos, nem sempre em comum, mas que partilham entre si este sentimento de consideração. Não é para todos, my friend. Tristes daqueles que não a possuem ou, pior, acham que a tem. Ou ainda que a empregam de maneira totalmente errada. É um sentimento que traz todos aqueles outros já ditos anteriormente, mas que sustenta lá no fundo um outro sentir que o faz ainda maior: o amor. Considera-se quem sabe amar e quem ama também sabe considerar. Mas cuidado: a consideração não traz consigo um porteiro que trabalha de forma a impedir uns ou outros. Na fechadura do coração, lembre-se que o detentor da chave é você. Considerar é um verbo que já em sua classe resume-se à primeira pessoa. É fazer importantes e mútuas as relações de confiança, um respeito para com essas pessoas em que se sustenta toda uma vida, ou partes dela, e que nutre nosso sentimento de ser realmente humano. É difícil falar quando se sente. O intuito é revelar que esse sentir deve ser sempre mais forte que qualquer tipo de limitação que a razão possa oferecer em troca da consideração. Se voltarmos ao vendedor de porta, podemos com certeza afirmar que este item não está à venda. Ele está aberto a trocas. Sim! Trocas, reciprocidade, relação mútua, sabe? Como bem disse, não há como desassociar a consideração ao sentimento de amar. Não me arrependi de hospedar este cliente tão bem vindo em minha vida. Acho que dele não mais poderei fazer check out. Pra quê? Perder de amar? Dar tchau ou um até breve para o respeito a quem realmente merece tê-lo de minha parte? Não, jamais! Digo-te: minha cartola à consideração! E, por falar em Cartola, deixo-lhes essa estrofe que resume o que é o sentimento de amar/considerar. Se a ti ele falta, lamento. Considerando os versos do poeta a aconselhar: "Tu não sabes amar Para que tens um coração? Ai, meu Deus, o melhor entre nós dois É a separação" Não, não me venha com batidas aleatórias ou palavras jogadas apenas para compor uma rima. Me dê apenas um violão e uma voz. Deixo-me levar pelo embalo das jogadas de mão naquelas cordas sonoras, no variar dos dedos sobre os acordes, na letra que esvoaça para o interior de meus ouvidos... coisa mais linda é a canção! A verdadeira canção não precisa de muitos arranjos. Nós mesmos arranjamos um jeito de amá-la, de entendê-la, de senti-la. A verdadeira canção não precisa de muito: precisa de quase nada. Um ritmar e alguém que a ritme já são suficientes. Para quê mais? Basta apenas que coloquemos um coração na mesa e uma emoção quantitativamente suficientes para que entendamos cada verso, cada palavra, cada letra, cada acorde, cada nota. A música está na vida de todos nós. Não tem jeito. Da minha, pelo menos, faço questão de viver a letra e a melodia mais carinhosa e singela possível, apegando-me àquelas cenas imaginadas por cada soar da letra da canção. Daí, não pude deixar de compartilhar os lindos e pensativos versos desta canção que vem me consumindo positivamente pela carga de emoção, verdade e realismo presente em seus versos. No entoar já das primeiras sonoridades, sem muitos adornos, só na presença do lindo ecoar do violão, questiona-se as pequenas e fraquezas do ego humano a partir da reflexão de situações de vida que muitos nem têm noção. O refrão, logo em seguida, traz-nos o título do post: Pra ser feliz, do que é que o ser humano necessita? E aí, dirigindo pelas estradas diárias, escutando Pra ser feliz, composição de Elias Muniz e interpretação de Daniel, não pude deixar de refletir sobre o que aquele eu lírico perguntara-me. Ou seria o propósito da canção que eu fosse o eu lírico? Provavelmente. A resposta, sem nenhuma dúvida, é a mais relativa possível. O intuito não é a resposta. É a reflexão, os caminhos que nos levam ao pensar de nossa própria estrada, o que é que realmente vale nesta vida. Ouçamos, leiamos e reflitamos:
É... quantos de nós não nos identificamos em algum desses versos. Pelo menos um. Pelo menos todos. Quantos já não pediram carinho, mas nunca o concederam? Quantos alimentam seu próprio ego, não como uma forma de autovalorização, mas como um sentimento de autoridade e superioridade sobre os outros? Mas, aí, continua-se a perguntar: Pra ser feliz, do que é que o ser humano necessita?. Não digamos talvez, mas sim, sim, com certeza a chave é a simplicidade.
Minha vida responde que sim. Ela me ensinou a responder que sim. Obrigatoriamente eu devo me recordar dos momentos ao lado daquelas pessoas simples que me ensinaram a amar cada hora sagrada ao lado delas, a me convencer de que o sorriso é o melhor remédio para qualquer situação, que era apenas estar na companhia deles para entender que é essa simplicidade que o ser humano necessita pra ser feliz; é aquela fé que emana todas as vezes que abrimos os olhos em mais uma manhã, não importando se é um domingo ou uma segunda-feira; é aquela vitória após os esforços de semanas, meses, anos; é do abraço apertado, do beijo carinhoso, das coisas sem propósitos; é dos momentos em família... É a vida me dizendo que é disso que precisamos entender e valorizar, da força da simplicidade. É no simples, na humildade, na gentileza, na companhia, na verdade que reside a felicidade. É assim que seguimos em rumo à felicidade. Eu me deixo acreditar nesses versos. Eu me deixo levar pela sonoridade musical. Eu me deixo ver a verdade da simplicidade porque eu a vivo, eu a faço nos meus atos, eu a utilizo. É disso que o ser humano necessita: deixemo-nos ser simples, deixemo-nos encantar por esses versos, deixemo-nos ser felizes. Não é estratégico; não dá pra planejar. Basta acreditar. Retornei à velha infância. A véspera sempre me deixava ansioso por saber que, ao acordar no dia seguinte, alguma surpresa me esperava como a melhor visita do dia. A árvore estava esbelta na sala, mas os presentes ficavam debaixo da cama, esperando aquele olhar de menino afoito acordar e já cambalear de cabeça para baixo a fim de ver o que tinha debaixo de seus sonhos.
Ah! O Natal... é uma época esplendidamente maravilhosa. Sempre foi uma das minhas datas favoritas. Acho que pelo fato de sempre coincidir com as férias dos estudos, é aquele mês que se juntam todas as alegrias em dias que se intercalam com aquele misto de novidade, de esperança, de união, de fartura, de saúde e bem estar. É, com certeza, uma época de lembranças, de puro romantismo, de exacerbação dos mais puros sentimentos. A mesma pureza que banha a singeleza do ar que adentra o cortineiro esvoaçante do quarto, anunciando que mais um dia de dezembro está a raiar. O Natal me faz relembrar todo o ano como numa sequência de imagens que tentam recapturar todos os momentos vividos ao longo de quase 365 dias. Se faço questão de ter a sensibilidade na minha personalidade, não tem como não disfarçar as emoções de relembrar todo o ano em um piscar de olhos. Como diria Roberto Carlos, são tantas emoções! São emoções que passaram e que de algum jeito mexe com a gente. Sim, não tem como correr. Os anos entram e saem sempre acompanhados de experiências que nos aparecem para dizer "ei, você precisa aprender isso" ou "vejamos se isso é suficiente" ou "olhe como você pode crescer ainda mais" ou "pense diferente!"... São 1001 lições que em um único ano nós podemos aprender (e também lecionar), e em um único mês, recordar. Há poucos dias disseram-me que 2014 poderia acabar porque as coisas ruins deixaram o mesmo ano pesado. A carga negativa estava sobrepondo a positiva. Virei e disse que essa era uma época em que nós devemos atuar defronte a uma balança: coisas ruins poderão ocorrer, mas coisas boas serão sempre garantias diárias em nossas vidas. Quer coisa melhor que saber que você está abrindo os olhos para mais um dia? Acontece que são das coisas que julgamos ruins que devemos tirar a mínima lição que aquela fase quer nos passar. A sensibilidade deve ser a mais aguçada possível para que possamos enxergar nessas aparentes escuras dificuldades a luz que nos guiará e nos dará forças ativas para continuar seguindo em frente. Das coisas boas, que obrigatoriamente minha emoção inquieta-se para falar, eu posso afirmar que presentes não faltaram na minha árvore da vida. Eu poderia dizer que sou um misto de prazer de todos esses gifts ao qual Deus me deu a honra de retirar o laço e descobrir o conteúdo da caixa. Provei do melhor vinho que já pude degustar na vida e dos conhecimentos mais diversos em conversas regadas a boas doses de cumplicidade; apreciei as melhores lentes que vão além do que os olhos podem enxergar; embalei-me na dança performática e no canto emocionado de versos com pimentas do reino de uma carinhosa companhia que me alegra em todos os encontros; resgatei uma pedra preciosa que nutria amor por alguns anos a uma distância imperdoável e a guardo num lugar profundo do coração, onde sabes que prometi guardar com a mais bela chave e com o mais sólido dos sentimentos; assisti a um filme de faroeste (até mesmo caboclo) onde encontrei as mais belas damas das cavalgadas, disputadas pelos mais ferrenhos cowboys de armas apontadas e corações entrelaçados; eu encontrei um outro coração que pulsa identicamente ao meu e que posso dividir artérias e veias para nutrir uma reciprocidade incomum, indiscutível e extremamente sensitiva; reafirmei a irmandade de um laço feito desde que sei o que é ser gente, que mesmo apertado forte, nunca vira nó; gastei os neurônios nas bebidas incontestes de um antigo parceiro beberrão das melhores dicas de sábado à noite; assisti ao melhor telejornal na emissora da vida. Andei no melhor estilo SUV e compartilhei de carinho amigo mesmo nas distâncias; ousei dos abraços altos e fofos de uma paixão de cabelos lisos, risonhos e de grande companhia; visitei o teatro da imaginação e confortei-me diante de seus braços amorosos e extremamente convidativos; chorei a partida breve das mais loucas das loucuras, das risadas sadias, e da garota exemplar de coração fervoroso, justiceiro e de um fundo totalmente amoroso; tentei dar a base de sua caminhada, que nunca deixará de ser brilhante como você mesmo vem, a passos próprios, abrilhantar; e reconfirmei meu voto sentimental na figura grande (literalmente) que é um irmão de brisas, de tormentos, de sol escaldante, de nuvem, de areia, de mar, de todos os tempos. Encontrei uma joia aparentemente sem dono em outras viagens, apoderando-me no calor mais belo da palavra; consolidei o compasso agudo de uma amizade morenizada e batalhadora; reli a companhia na distância que me pegou quando fez questão de visitar Tio Sam; surpreendi com o potencial carinho dos cachos infindáveis dos sonhos cabeludos que carrega; senti quando a mais bela metalinguagem do vocábulo partiu para o frio ausente de beijos e danças carinhosas; abracei um bem entendido e revigorei a educação, a parceria e a sensibilidade que nos seduz; compartilhei do cansaço e da alegria de projetar duplamente um futuro; rodopiei nos braços alegres de uma tontura saudavelmente sem fim; acalmei-me nos braços silenciosos e acalentadores de uma princesa de filme estrangeiro; e reli um amor que se faz passado-presente-futuro nos pormenores caminhos e meandros da vida, um amor com fé, com rodeios, descompromissado, incerto e certeiro. Ah! O Natal... Faço de todos os meus 365 dias um Natal; dias de exalar amor e carinho, de ansiar pela chegada do próximo fim de semana para juntar os amigos, de festejar no fundo acalentador da churrasqueira entre os familiares, de enamorar as mais belas companhias; e olhar para o topo da árvore, onde brilha a mais eterna estrela: a do Deus maravilhoso que me faz guiar e velejar por cada um dos mais belos galhos que a árvore faz questão de frutificar. Feliz Natal! Era uma sexta-feira como outra qualquer. O ecoar do despertador das 7h30 fazia-se ouvir aos poucos metros quadrados de um teto empilhado sobre diversos mundos. O sol fazia-se visível na imensidão do contexto urbano que se perde por entre estruturas verticais, asfaltos ainda dormentes, águas calmas em uma barra tênue de coqueiros; as ondas viam-se ao longe, numa maré que deveria estar por deveras fria e calorosa, simultaneamente.
Como de rotina, agradeci por mais uma vez poder tocar meus pés naquela cerâmica fria da brisa que penetrava por entre os ambientes. Levantei e o corriqueiro fez-se presente, como em todos os outros dias. Afinal, era uma sexta-feira como outra qualquer. O banho morno escorria pela pele e despertava-me para o dia. Arrumei-me e pus a me organizar para os estudos. No café, a rotina pôs-me de frente à TV que anunciava as manchetes, tal qual uma sexta-feira como outra qualquer. Notícias policiais, entradas ao vivo dos repórteres, imagens aéreas e tudo de comum em mais uma edição do jornal matinal. Contudo, deleitando do meu café da manhã, uma matéria especial passa diante de meus olhos. Nela, o diálogo (que eu não só ouvia, mas podia enxergar) fez-me repensar muitos atos diante dessa vida e pôr em tona um fato marcante na infância. A reportagem denunciava o corte de verba da merenda em escolas no interior e na capital do Maranhão, mostrando a indignação de administradores escolares e alunos do ensino infantil com a situação. Diante do microfone, a pergunta seca da repórter a uma criança de apenas 5 anos me fez comer diante de lágrimas que, espontaneamente, desciam do meu rosto e escorriam pelos dedos seguros a um pedaço de pão: - Não tem merenda não -, diz a criança. - Não come nada? E como faz? -, indaga a repórter. - Fica com fome. A garota simplesmente sorria no momento em que, de sua boca vazia de comida, mas cheia de humanidade, respondia ao questionamento da repórter. A minha, secava de dor, amargura e tristeza. Levantei da mesa e pus-me a pensar num dia, outro como dias quaisquer, em que antes de ir à escola, lá na 4ª série, reclamei que "só" havia biscoito cream cracker e um copo de suco para o café da manhã, porque ainda não tinha sido feito o supermercado do mês. Meu pai, na fúria que lhe tomava em épocas passadas, não insistiu diante de um dia, como outro qualquer, em que fazia-se necessária a educação de seu único filho. Pegou-me pelas mãos e fizemos o mesmo caminho da escola, sempre a pé. Contudo, mal sabia eu que o mesmo caminho que me levava ao mundo da educação, na riqueza arquitetônica de um típico centro histórico urbano, e que às 9h30 poderia ter o prazer de um lanche, eu também poderia encontrar pessoas que dividiam espaços com os carros, com a poeira, com o lixo que despejamos na porta de nossas casas, com o papelão que não me serve para nada, com os fiapos daquele pano velho que fiz questão de jogar fora, com a pobreza histórica... Meu pai me mostrou que, enquanto eu reclamava de ter cream cracker e suco para comer naquela manhã, havia pessoas que só queriam a migalha daquele biscoito que eu poderia estar mastigando, mas que no entanto eu fiz questão de reclamar. Foi uma lição inesquecível para minha vida. Aquele episódio de uma manhã que se fazia não mais como uma outra qualquer na 4ª série foi recapitulado em questão de minutos enquanto a matéria do jornal matinal adentrava pelos meus olhos, pelos meus ouvidos e chegavam aos meus sentimentos. Escovei os dentes em banhos de lágrimas, imbuído de um misto do que se poderia estar passando com aquela garotinha e com a rudeza de um episódio que me serviu como caráter humano. A tristeza da situação contrastava completamente com o sorriso desalinhado daquela pequenina criatura de 4 anos que anunciava a única posse que te alimentava naquele dia: a inocência de suas próprias palavras. Com certeza, aquela não foi uma sexta-feira como outra qualquer. E nem os dias seguintes a ela... Não foi tarefa fácil. Nem era para ser. Já ouvimos milhões de vezes que o melhor sabor da vitória é aquele em que conquistamos com muito esforço e árduo trabalho. Planejar tem muito disso. E não foi diferente. A gostosa tarefa de preparar uma doce surpresa já começa nos primeiros encantos de listar os incríveis amigos com o objetivo leve e carinhoso de vê-los pessoalmente, mais uma vez, e de saber que, qualquer atividade que estejamos realizando, a diversão, a risada e o amor estão confirmados.
Não há preço que seja caro para o desenrolar das risadas salgadas, da doce surpresa e das doses circulares de carinho. Para todos, eu tiro o tênis. Nada de chapéu: clichê! Prefiro o andar descalço porque me sinto em casa. Ahhh... como é bom estar em casa! Nessa família da vida, a fartura está além da mesa: entre bolo, salgados, doces e jujubas, a alegria e a diversão dividem a ponta da superfície, rodeadas pelas brincadeiras, pela compaixão e por todos os sentimentos que nos fazem desligar o que o mundo além do búzio laminado da porta está gritando e nos voltar para aquele pequeno mundo de doçuras e travessuras. Nos litros de especialidade, confesso que não economizei. Prefiro o alcoolismo desse carinho majestoso de abraços e beijos a sobriedade das relações baseadas nas condições sociais. "Deita, aí, sinta-se em casa!" é a frase de ordem. Uns povoavam a deliciosa poltrona rechonchuda; outros, o sofá inundado por doses de notas singulares ecoadas de um violão meio afinado; alguns, profanavam suas vozes lá da sala política; todos se entreolham e não precisam dizer nada: o sentimento fala por si só e bastava que nossos olhos, sejam eles quais forem, se encontrassem para que o sorriso aparecesse e esbanjasse sua áurea. A doce surpresa, literalmente, fazia-se doce. É o típico encontro que se percebe que não precisamos de taças volumosas, bebidas renomadas, comidas belas ou bolsa e sapatos fashion week. Prefiro o demodé, o escarlate meio vivo daquela camisa, o colorido da mistura, o amor da união. A mesa estava servida e, nela, residiam as melhores refeições da vida: o amor e o carinho de cada doce que é cada um dos apaixonantes amigos. Se me parassem para, cordialmente, perguntar como estou, seria amplamente capaz de responder que uma natureza estranhamente habitável em mim insiste em perdurar nas lições dos professores da vida. É como se fincassem cada vez mais raízes que procuram a profundidade certa para estocar todos os nutrientes necessários à sua auto sobrevivência.
A psicologia poderia indicar um rumo. Vontade não me falta para descobrir esses meandros das células humanas, habilmente capacitadas para nos levar aos mais profundos devaneios, às mais sinceras experimentações, aos mais incertos argumentos, às mais leves certezas. O diagnóstico poderia estar escrito à letras manuscritas algum tipo de transtorno ou de ambígua personalidade. Mas, não. Apesar de observar de maneira longínqua a realidade dos estudos médicos, usufruo da liberdade de pensamento para deleitar de uma autorreflexão. "O que vou fazer?", pergunto-me nessas noites tortuosas e demoradas para vir de encontro ao sono. Vejo a fé e a paciência, sempre, como as soluções mais pertinentes para os últimos acontecimentos dessa história que me parece não mais ter capítulos para seu prolongamento. De fato, este personagem há muito vem mudado. Não, e isso não é mais uma autocrítica, como já foi um dia; hoje? Não mais. Foi uma descoberta própria que me permite aproveitar o sufixo mais uma vez: é a autovalorização. Incomodei a mim mesmo julgando que atitudes tomadas, por vezes, estranhamente aos meus modos de comportamento eram ofensas aos outros poucos personagens dessa história louca. Mas o vilão não era eu. Talvez, ou certamente, o antagonismo ficou por conta da incapacidade dos personagens encararem-se de frente, não num ringue como uma espécie de luta entre a vontade de um lado e a inércia do medo do outro, mas numa cordialidade que qualquer sentimento verdadeiro poderia suportar. Mas talvez seja aí que resida a questão. A verdade realmente existe? E será que ela um dia realmente existiu? Concluí, mais uma vez estranhamente, que aquilo já não me era saudável e que a autoestima não mais estava ligada àquele enredo. Foi difícil aceitar que tais episódios realmente foram ao ar na TV da vida. Contudo, assim tinha sido escrito e foi assim que resolvi aceitar a condição do personagem em seguir em frente, porque era o melhor que se tinha a fazer. A inércia do antagonismo não me pertencia; não podia assumir suas falas, suas faltas, suas falhas, por mais que vontade não me faltasse para lhe alertar. Falas aquelas, infelizmente, não condiziam com nenhuma de suas atitudes. "Palavras não amam ninguém", dirigiu-me uma frase. E eu, com a experiência dessa vida, complementei: "Palavras também não significam amizade, nem cordialidade, nem educação, nem respeito, nem humildade..."; "E quem poderia significar isso tudo, então?", questionara-me. Respondi: "As atitudes". Se na Medicina possuo pouca proximidade, posso certamente aproximar-me do desenho. As ideias surgem dos pequenos rabiscos do croqui, que segue nas costas do corpo de suor, ofegantes pelos corridos dias que nos seguem. Mas, aquele antagônico personagem (tanto de palavras, quanto de atitudes, típicos de sua própria atuação) não mais está entre minhas folhas. Foi um rabisco que fiz questão de jogar fora, um conjunto de linhas desencontradas, frutos dos devaneios desinventados da imaginação, que agora responde com mais ciência sobre o quê aquilo representou: um descarte, uma ideia deixada para trás. Se me disseram, um dia, que todo croqui deveria ser guardado, desculpe-me as convenções: essa folha eu preferi amassar e jogar no lixo. O costumeiro cotidiano deu uma pausa. Nem todo mundo é de ferro né, amigo? A pausa, por mais curta que nos foi dada, serve para reentrarmos em contato com o nosso eu mais calmo, mais ciente de si próprio, numa espécie de cura da alma pelos tempos turbulentos que se passa em determinados momentos da vida. É uma introspecção que nos deixa mais leves, mais sadios, mais nós mesmos.
Com isso, as paixões dessa vida tão corrida voltam a figurar no cenário da emoção. As alegrias e os momentos especiais ao lado daqueles que tanto amamos retornam como fichinhas de um jogo que ninguém opta (e nem cogita) por terminar. Ain... os amigos. Essa paixão incontrolável e o desejo de sempre estar juntinho daqueles que seguram esse sentimento sem nenhum pingo de respaldo. E quem é a favor dos pingos? Se a vida é muito curta para os prolongamentos, que derramemos todo o frasco! Só os verdadeiros sabem cuidar tão bem desse transbordo inquestionável e dessa leitura que a maturidade nos ensina a entender. Triste daqueles que não sabem lê-lo... O dia foi de sol. Muito sol. Com a luz reluzente naquele âmbito há muito degustado, não poderia ter outra entonação a não ser o do desfrute de um, literalmente, dia de sol. O dia de sol de enfiar o pé na areia e desenterrá-lo diversas vezes, brincando com as formas incoerentes ou traçados disformes formados naqueles grãos ali amontoados; o fincar do banco na areia por entre meia sombra e meia-luz; o mar, ah... o mar: o olhar espremido, meio baixo, para admirar a imensidão daquela água, não muito azul, não muito verde, mas que atua na paisagem e na mente sem limítrofes; a brisa que tenta roubar os fios de cabelo na direção que pretende partir, a mesma brisa que expõe nossos devaneios em poucos segundos de distração (ou concentração); o rodeio não-circular das pessoas naquelas batidas que se confundiam pelos sons da batida do coração e dos pedaços comestíveis do crustáceo; as risadas que iam longe, para além do que podemos imaginar. O almoço foi em família: a família da vida, que foi formada pelos acasos; constituída pelos entrelaçados do próprio destino, que nos reservou complementos que tentamos entender, mas só alcançamos os agradecimentos (sim, por favor, agradeçamos); o almoço foi de danças não-ensaiadas, conversas jogadas sobre uma mesa de refrigerantes e cerveja, no delicioso temperado daquele frango, na salada altruísta, ambientado pelos passarinhos que rodeavam aquelas telhas cerâmicas recheadas de folhas e galhos que nos soavam pela brisa passageira. Nas águas clorificadas, o amor transbordava além dos limites daqueles ladrilhos, formando uma paisagem mais que deslumbrante, que gritava por registros que ficassem guardados na memória. E como não guardar? Foram litros de risadas, de descobertas, de política, de brincadeiras, de amor, de aproximações... foram doses inesquecíveis de um dia, mais uma vez literalmente, de praia. E eu fico aqui, ansioso e extremamente positivista, amoroso e choroso, à espera por mais dias assim, desconfigurados do cotidiano, ilimitados de sonoridades da vida bucólica, registrados pelas lentes mais perfeitas da visão e da mente. À espera por mais dias assim... de praia. |
BioGraduando de Arquitetura e Urbanismo, amante da música e de séries e filmes. Séries em andamento sempre que a arquitetura deixa. Ama os amigos como família e a família como anjos divinos encarregados de nos transbordar amor. Os melhores momentos da vida foram, são e sempre serão ao lado daqueles que te dão o conforto nos (a)braços do amor.
Release
Dizem por aí que tenho o dom de encantar com as palavras. Verdades ou boatos, continuo escrevendo como forma de levar às pessoas o que sinto, o que passo e o que penso. As conexões entre aquelas, por assim dizer, faz-se de grande importância para que o objetivo final das palavras soadas (ou escritas) seja alcançado. Ou seja, de que se transponha a força do pensamento e a pureza do coração.
Bem vindxs ao Indeed, onde o de fato figura-se entre as mais singelas incertezas. @vinirodriguesarq
Textos
All
Parceiros
|