Não, não me venha com batidas aleatórias ou palavras jogadas apenas para compor uma rima. Me dê apenas um violão e uma voz. Deixo-me levar pelo embalo das jogadas de mão naquelas cordas sonoras, no variar dos dedos sobre os acordes, na letra que esvoaça para o interior de meus ouvidos... coisa mais linda é a canção! A verdadeira canção não precisa de muitos arranjos. Nós mesmos arranjamos um jeito de amá-la, de entendê-la, de senti-la. A verdadeira canção não precisa de muito: precisa de quase nada. Um ritmar e alguém que a ritme já são suficientes. Para quê mais? Basta apenas que coloquemos um coração na mesa e uma emoção quantitativamente suficientes para que entendamos cada verso, cada palavra, cada letra, cada acorde, cada nota. A música está na vida de todos nós. Não tem jeito. Da minha, pelo menos, faço questão de viver a letra e a melodia mais carinhosa e singela possível, apegando-me àquelas cenas imaginadas por cada soar da letra da canção. Daí, não pude deixar de compartilhar os lindos e pensativos versos desta canção que vem me consumindo positivamente pela carga de emoção, verdade e realismo presente em seus versos. No entoar já das primeiras sonoridades, sem muitos adornos, só na presença do lindo ecoar do violão, questiona-se as pequenas e fraquezas do ego humano a partir da reflexão de situações de vida que muitos nem têm noção. O refrão, logo em seguida, traz-nos o título do post: Pra ser feliz, do que é que o ser humano necessita? E aí, dirigindo pelas estradas diárias, escutando Pra ser feliz, composição de Elias Muniz e interpretação de Daniel, não pude deixar de refletir sobre o que aquele eu lírico perguntara-me. Ou seria o propósito da canção que eu fosse o eu lírico? Provavelmente. A resposta, sem nenhuma dúvida, é a mais relativa possível. O intuito não é a resposta. É a reflexão, os caminhos que nos levam ao pensar de nossa própria estrada, o que é que realmente vale nesta vida. Ouçamos, leiamos e reflitamos:
É... quantos de nós não nos identificamos em algum desses versos. Pelo menos um. Pelo menos todos. Quantos já não pediram carinho, mas nunca o concederam? Quantos alimentam seu próprio ego, não como uma forma de autovalorização, mas como um sentimento de autoridade e superioridade sobre os outros? Mas, aí, continua-se a perguntar: Pra ser feliz, do que é que o ser humano necessita?. Não digamos talvez, mas sim, sim, com certeza a chave é a simplicidade.
Minha vida responde que sim. Ela me ensinou a responder que sim. Obrigatoriamente eu devo me recordar dos momentos ao lado daquelas pessoas simples que me ensinaram a amar cada hora sagrada ao lado delas, a me convencer de que o sorriso é o melhor remédio para qualquer situação, que era apenas estar na companhia deles para entender que é essa simplicidade que o ser humano necessita pra ser feliz; é aquela fé que emana todas as vezes que abrimos os olhos em mais uma manhã, não importando se é um domingo ou uma segunda-feira; é aquela vitória após os esforços de semanas, meses, anos; é do abraço apertado, do beijo carinhoso, das coisas sem propósitos; é dos momentos em família... É a vida me dizendo que é disso que precisamos entender e valorizar, da força da simplicidade. É no simples, na humildade, na gentileza, na companhia, na verdade que reside a felicidade. É assim que seguimos em rumo à felicidade. Eu me deixo acreditar nesses versos. Eu me deixo levar pela sonoridade musical. Eu me deixo ver a verdade da simplicidade porque eu a vivo, eu a faço nos meus atos, eu a utilizo. É disso que o ser humano necessita: deixemo-nos ser simples, deixemo-nos encantar por esses versos, deixemo-nos ser felizes. Não é estratégico; não dá pra planejar. Basta acreditar.
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BioGraduando de Arquitetura e Urbanismo, amante da música e de séries e filmes. Séries em andamento sempre que a arquitetura deixa. Ama os amigos como família e a família como anjos divinos encarregados de nos transbordar amor. Os melhores momentos da vida foram, são e sempre serão ao lado daqueles que te dão o conforto nos (a)braços do amor.
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Dizem por aí que tenho o dom de encantar com as palavras. Verdades ou boatos, continuo escrevendo como forma de levar às pessoas o que sinto, o que passo e o que penso. As conexões entre aquelas, por assim dizer, faz-se de grande importância para que o objetivo final das palavras soadas (ou escritas) seja alcançado. Ou seja, de que se transponha a força do pensamento e a pureza do coração.
Bem vindxs ao Indeed, onde o de fato figura-se entre as mais singelas incertezas. @vinirodriguesarq
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