Com os devidos espaços ao sentimento, a rota muda de direção, não deixando de lado, porém, as grandes lembranças e aprendizagens das estradas já atravessadas. Mudar de direção é difícil, convenhamos, mas a vida, às vezes, exige-nos que tenhamos tamanha força e propriedade para aprender a lidar com as decepções, os obstáculos e, assim, garantir nossa própria felicidade e sucesso.
Por meio da oratória em conversa com os acasos que a senhora vida nos entrega ao longo da caminha, uma expressão não me saiu da cabeça, por tamanha adequação ao contexto e às explicações mais cabíveis em um tema que, com certeza, a psicologia entende bem mais majestosamente que este pobre coração engajado nos argumentos e entendimentos da vida cotidiana. À respeito dos fortes, daqueles que se mostram indestrutíveis, duros na queda, como chama o popular, mas que esconde os verdadeiros sentimentos no âmago de seus medos, rancores, títulos e pensamentos: seriam eles uma espécie de fortaleza de cristal, no âmbito do invólucro aparentemente imponente, rígido, mas que se desmantela em seu próprio enganar sentimental. Devo confessar que tenho aumentado minhas leituras a respeito da psicologia humana, não com vieses científicos, mas com caráter pessoal, daquelas palavras que saem munidas de todo tipo de sentimento, do interior mais meigo e singelo das pessoas que escrevem. Tais palavras, tais textos e suas variadas discussões me encarregam de diversos temas, como as condições de lidar com as diversas situações que a vida nos entrega e nos testa, nossa capacidade de pensar, de agir, de raciocinar, de amar, de respeitar, de mudar... Mudar, esse verbo de primeira conjugação que sucinta várias vezes e que pesa ao ser levado em consideração. Não precisa mudar, já diria composição de Saulo Fernandes e Gigi. A tão difícil sabedoria de qual o ponto acurado que nos concede a certeza do equilíbrio no jogo em que entram em campo a razão e o coração. Mudar, com certeza, é um caminho a ser seguido para o detonar das fraquezas, mas até que ponto a mudança confronta-se ao nosso jeito de ser? Até que linha da grande área a mudança pode chegar sem cometer falta e garantir um gol para o nosso próprio bem estar? O equilíbrio entre as seleções deve ser a arma mais forte a ser utilizada por esse professor, que unicamente comanda os dois elencos. Quantas discussões não já vimos a respeito de pessoas que mudaram seus instintos após diversos fatos ocorridos ao longo de suas trajetórias? Parece enredo de novela, mas não precisamos ir longe para se deparar com uma realidade tão presente. A amargura daqueles que um dia já foram corações embalados; a tristeza daqueles que um dia já esboçaram mil sorrisos e os distribuíam sem a cobrança indevida da felicidade (e vice-versa); a hipocrisia para aqueles que um dia pediram-lhe para mudar e, diante da mudança, julgam-te pelo que se tornou... É, meu caro, é preciso saber viver, como diria outra reunião de verdades musicais. A fortaleza de cristal me preocupa, não por mim, mas a esses que assim o são. Volta-se às perguntas, talvez sem respostas, de qual seria o limiar para esconder esses sentimentos que, aos olhos exteriores, não lhe interferem em nada, mas que no fundo causam-lhe profundas guerras internas, uma guerra civil dentro de si, que concebe destroços elementares da razão de sua existência cristalina, os pedaços que evidenciam sua fragilidade antes imaterializada no próprio título fortificado, de seu modo de ser e agir, de seu modo de lidar com os outros e exigir que a mudança venha de fora, quando, na verdade, ela deveria vir de dentro. Ah, sim, o equilíbrio de lidar com isso tudo: talvez, esse seja o nome do gol que um dos times esteja procurando para lidar com o melhor dele mesmo. A fortaleza de um material frágil, de uma fragilidade cristalizada pela refração da luz que confunde as partículas que lhe penetram, outras que refletem e outras que se absorve. Peço licença à Imagine Dragons para evocar uma de suas poéticas e garantir que "I'm just the same as I was; Now don't you understand; That I'm never changing who I am.
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BioGraduando de Arquitetura e Urbanismo, amante da música e de séries e filmes. Séries em andamento sempre que a arquitetura deixa. Ama os amigos como família e a família como anjos divinos encarregados de nos transbordar amor. Os melhores momentos da vida foram, são e sempre serão ao lado daqueles que te dão o conforto nos (a)braços do amor.
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Dizem por aí que tenho o dom de encantar com as palavras. Verdades ou boatos, continuo escrevendo como forma de levar às pessoas o que sinto, o que passo e o que penso. As conexões entre aquelas, por assim dizer, faz-se de grande importância para que o objetivo final das palavras soadas (ou escritas) seja alcançado. Ou seja, de que se transponha a força do pensamento e a pureza do coração.
Bem vindxs ao Indeed, onde o de fato figura-se entre as mais singelas incertezas. @vinirodriguesarq
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