Há algum tempo, escrevi-lhes sobre o peso das palavras, que carregam consigo uma vasta massa de significância, atrelando todo o pensamento cadenciado (ou não) aos sentimentos abaulados e costurados na máquina que não é fruto da tecnologia destes tempos: o homem.
Hoje, o zoom inteligível para o qual me insiro é o de um dos termos mais cautelosos que acredito existir no vasto vocabulário, seja ele escrito ou falado. Mas, digamos que esse é um vocabulário onde se atrelam os sentimentos, as vontades, os anseios. Cauteloso? Sim, cauteloso. Pelo menos era o que a grande maioria das pessoas deveria ter em mente quanto aos remetimentos da expressão Eu te amo. Questiono-me se as pessoas que se preparam para lhes satisfazer (e, talvez, o próximo também) ao emanar importante expressão realmente sabem o que ela significa e qual o significado dela ao outro. Se falamos do peso das palavras e do cuidado que temos que ter com tais, certamente as expressões estão inseridas em tal contexto. Por que dizer eu te amo no famoso boca pra fora, concorda? Não, não diga. Não é certo. É desproposital. A lei do coração não permite. Certamente, deve-se enquadrar em algum crime, coagido pela lei; a do sofrimento, do erro, das interpretações incorrigíveis, talvez. A certeza do sentimento, maybe, falhe em algum ponto, perca-se em alguma interseção; mas, sejamos precavidos quanto a isso. O sentimento pode ser firme, mas a certeza de que o outro também lhe confere o mesmo significado é importante para que o eu te amo não seja emanado por emanar, não seja levado pelo vento trespassado por uma brisa fria, mas que possa transformar-se em um nós nos amamos, tendo a certeza latente à plenitude dessa expressão, num aconchego sentimental onde o mais puro abraço transforma-se em um devaneio de real existência onde nada apoia nossos pés e não há nada que impeça nosso voo. Não, não diga eu te amo por dizer, ou por ser bonito, ou por querer amar às rédeas, ou por querer um re-amor, se me permitem o neologismo. Por que? Porque, simples e complicadamente, não se diz 'eu te amo' ao léu.
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BioGraduando de Arquitetura e Urbanismo, amante da música e de séries e filmes. Séries em andamento sempre que a arquitetura deixa. Ama os amigos como família e a família como anjos divinos encarregados de nos transbordar amor. Os melhores momentos da vida foram, são e sempre serão ao lado daqueles que te dão o conforto nos (a)braços do amor.
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Dizem por aí que tenho o dom de encantar com as palavras. Verdades ou boatos, continuo escrevendo como forma de levar às pessoas o que sinto, o que passo e o que penso. As conexões entre aquelas, por assim dizer, faz-se de grande importância para que o objetivo final das palavras soadas (ou escritas) seja alcançado. Ou seja, de que se transponha a força do pensamento e a pureza do coração.
Bem vindxs ao Indeed, onde o de fato figura-se entre as mais singelas incertezas. @vinirodriguesarq
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