Os dias passam. As horas confundem-se com os milhares de devaneios alimentados, não no interior da mente, mas na da alma. Entendê-los seriam por deveras dificultoso para um nobre coração embebido sob emoções que o popular balbuciaria como à flor-da-pele. Como alguns, sem a certeza da mensurabilidade, procurar caminhos que nos levem ao conforto e as delícias da paz interior é uma das prioridades em momentos como tais.
Parafraseando, com a licença poética que não sei se a mim cabe, um trecho da composição de Lenine e Paula Toller, Como eu quero, a conversa pessoal entre coração, alma e canção não poderia refletir tanto sob o que sentimos. Aos mais insensíveis, ora, o ritmar dos tons, o soar das palavras, ditadas em milissegundos preciosos tais como a mais linda pedra preciosa, não desprovida de imperfeições, cujas múltiplas faces lhe conferem tamanha beleza e apreciação, também lhe toca a alma. Que bênção termos a música! Sim. Solos de guitarra, hoje, irão me conquistar. Talvez não somente hoje. Sempre. Advérbios são bem vindos; nunca conseguimos deles fugir. A licença reside naquele endereço, talvez sem número exato ou locação perfeita. Procurei solos de guitarra que fossem ladrões. Deixei-me ser roubado pela profundidade de sua sonoridade, extraindo-me os sentimentos abaulados, levando-os junto a cada nota, a cada sinfonia, a cada ritmo daquele manjado tátil das cordas. Leve. Pode levar. Eu deixo. A literalidade desse tom frágil, mas ao mesmo tempo forte, conflui para todas as famosas jogadas da vida. Entrega-se, diz alguns; Vai, segue, deixa rolar, alguns outros afirmam. É, deixei-me entregar àqueles tons. Abre-se um portal transcendental de emoções, que de mim são roubadas por um singelo instante. Sim, são poucos segundos. Questão de minutos, eu diria. Ah, Gravity, damo-nos tão bem, não? Cada verso, uma verdade. Ou cada verso, uma realidade. Ou cada verso, um roubo. Cuidado, Gravity, pois posso lhe denunciar. Antes disso, deixe-me gritar-lhe: Come on, keep me where the light is. Vou lhe denunciar. Mas, espero só mais um segundo; alguns minutinhos a mais. Sempre pedimos isso, nem que seja ao acordar...
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BioGraduando de Arquitetura e Urbanismo, amante da música e de séries e filmes. Séries em andamento sempre que a arquitetura deixa. Ama os amigos como família e a família como anjos divinos encarregados de nos transbordar amor. Os melhores momentos da vida foram, são e sempre serão ao lado daqueles que te dão o conforto nos (a)braços do amor.
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Dizem por aí que tenho o dom de encantar com as palavras. Verdades ou boatos, continuo escrevendo como forma de levar às pessoas o que sinto, o que passo e o que penso. As conexões entre aquelas, por assim dizer, faz-se de grande importância para que o objetivo final das palavras soadas (ou escritas) seja alcançado. Ou seja, de que se transponha a força do pensamento e a pureza do coração.
Bem vindxs ao Indeed, onde o de fato figura-se entre as mais singelas incertezas. @vinirodriguesarq
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