Os ensaios para escrever essas palavras foram realizados há semanas. O professor era o devaneio constante em noites, agora, até que bem dormidas. Foram ensaios constantes de frases, metáforas, conjugações, significados, plurais. Se fosse definir o tema em questão por meio do lápis, com certeza diagramas seriam a melhor solução para discorrer sobre essa qualidade disponível a todos nós, mas só a tem quem realmente sabe valorizar o que te faz grande na vida: os mínimos.
Considerar foi um verbo que se apresentou sem nenhum pingo de medo ou de vergonha. Bateu na porta como se fosse vender um produto qualquer e não tinha nenhuma pretensão de sair dali tão cedo. Na verdade, poderíamos chamá-lo de um hóspede no hotel da vida. Como um bom hóspede, procura-se o melhor lugar para ficar. Acho que tive sorte nesse negócio, afinal não são todos que conseguem fazer isto lucrar. Pois é. Desde que a consideração habita pelos meus corredores, posso-lhes confidenciar: o foco da vida parece mudar. Ou, em outra hipótese, a lente passa a enxergar o quanto tantas coisas miúdas podem ser reveladas e enquadradas numa pictórica relação de amor, carinho e amizade antes, talvez, não estabelecida por essa máquina enferrujada ou prestes a ser inaugurada. Estava desfocada. E essas palavras bem que se encaixariam em nosso diagrama. Considerar puxa consigo muitas outras derivadas. Considerar representa respeito; a consideração é sinônima da educação; consideremos o vocábulo confiança; podemos enumerar tantas outras palavras que englobam o universo da consideração, mas o mais importante que temos a falar dela é de como a utilizar. Uns sustentam a pífia argumentação de que o fato de considerar alguém e todos os plurais que este sentimento (sim, é um sentimento) traz consigo é um caminho para se tornar uma pessoa pegajosa, mas confesso que não vejo sentido algum nessa tentativa de hipótese. Para mim, a consideração é, sim, uma trajetória que apenas quem realmente sabe impor a vida com a verdade consegue trilhar, uma verdade de poucos em reconhecer suas próprias fortalezas, fraquezas, sinceridades, momentos de forma a engrandecer-se como ser humano e fazer de quem está ao seu redor pessoas ainda mais felizes. A consideração não anda sozinha. Jamais! Está em seu pré-requisito a união de dois ou mais elementos, nem sempre em comum, mas que partilham entre si este sentimento de consideração. Não é para todos, my friend. Tristes daqueles que não a possuem ou, pior, acham que a tem. Ou ainda que a empregam de maneira totalmente errada. É um sentimento que traz todos aqueles outros já ditos anteriormente, mas que sustenta lá no fundo um outro sentir que o faz ainda maior: o amor. Considera-se quem sabe amar e quem ama também sabe considerar. Mas cuidado: a consideração não traz consigo um porteiro que trabalha de forma a impedir uns ou outros. Na fechadura do coração, lembre-se que o detentor da chave é você. Considerar é um verbo que já em sua classe resume-se à primeira pessoa. É fazer importantes e mútuas as relações de confiança, um respeito para com essas pessoas em que se sustenta toda uma vida, ou partes dela, e que nutre nosso sentimento de ser realmente humano. É difícil falar quando se sente. O intuito é revelar que esse sentir deve ser sempre mais forte que qualquer tipo de limitação que a razão possa oferecer em troca da consideração. Se voltarmos ao vendedor de porta, podemos com certeza afirmar que este item não está à venda. Ele está aberto a trocas. Sim! Trocas, reciprocidade, relação mútua, sabe? Como bem disse, não há como desassociar a consideração ao sentimento de amar. Não me arrependi de hospedar este cliente tão bem vindo em minha vida. Acho que dele não mais poderei fazer check out. Pra quê? Perder de amar? Dar tchau ou um até breve para o respeito a quem realmente merece tê-lo de minha parte? Não, jamais! Digo-te: minha cartola à consideração! E, por falar em Cartola, deixo-lhes essa estrofe que resume o que é o sentimento de amar/considerar. Se a ti ele falta, lamento. Considerando os versos do poeta a aconselhar: "Tu não sabes amar Para que tens um coração? Ai, meu Deus, o melhor entre nós dois É a separação"
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BioGraduando de Arquitetura e Urbanismo, amante da música e de séries e filmes. Séries em andamento sempre que a arquitetura deixa. Ama os amigos como família e a família como anjos divinos encarregados de nos transbordar amor. Os melhores momentos da vida foram, são e sempre serão ao lado daqueles que te dão o conforto nos (a)braços do amor.
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Dizem por aí que tenho o dom de encantar com as palavras. Verdades ou boatos, continuo escrevendo como forma de levar às pessoas o que sinto, o que passo e o que penso. As conexões entre aquelas, por assim dizer, faz-se de grande importância para que o objetivo final das palavras soadas (ou escritas) seja alcançado. Ou seja, de que se transponha a força do pensamento e a pureza do coração.
Bem vindxs ao Indeed, onde o de fato figura-se entre as mais singelas incertezas. @vinirodriguesarq
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