A rotina é pesada. Do levantar ao deitar, somos diariamente organismos que, literalmente, vivem. A bênção de poder abrir os olhos para mais um dia que começa pelo raiar do sol que adentra a janela entreaberta, aquele vento frio que nos faz encolher e dizer 'só mais um pouquinho' e os primeiros toques das gotas de água que, por gravidade, nos abraça e percorre o nosso corpo; da respiração ofegante e quase abafada do encolhimento da pele e aproximação do próprio corpo.
No levantar dos pés descalços à procura do par de chinelo também reside a significância do levantar da cabeça para todo o mundo perante nós mesmos. E diante de tantas coisas que nos abalam ou que nos afligem, existe uma força estranha que, na maioria das vezes, não sabemos que a possuímos; uma força estranha que me faz levantar e seguir o meu caminho, que diante da grande imensidão das pequenas coisas me faz por um sorriso no rosto quando, na verdade, a primeira lágrima ameaçava transbordar; uma força estranha que nos põe no nosso lugar, aquele lugar de cairmos em nós mesmos e sabermos que tudo podemos, desvelando nossa natureza interior, a ferocidade de nosso organismo, como selvagens inerentes às mais perigosas matas. Sim, tudo podemos. A força estranha do smile, do be strong, do be happy, do yeah, I can... a força estranha que nos faz cair a ficha de que diante de qualquer obstáculo nós poderemos contar com ela para contorná-los, tenham eles o tamanho que tiverem, a forma que vierem, o peso que carregarem. A minha força estranha me faz abrir os olhos a cada manhã e garantir que a partir daquele início de mais um capítulo no livro da vida eu tenho a força de erguer o meu próprio corpo, investigar o calço dos meus pés e levantar-me para o sorriso da vida, com o meu sorriso, com as minhas alegrias, acompanhado dos meus desejos. Obrigado, minha amiga força estranha, por apresentar-se, bater à minha porta e ser muito bem vinda à minha história. Pode entrar...
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BioGraduando de Arquitetura e Urbanismo, amante da música e de séries e filmes. Séries em andamento sempre que a arquitetura deixa. Ama os amigos como família e a família como anjos divinos encarregados de nos transbordar amor. Os melhores momentos da vida foram, são e sempre serão ao lado daqueles que te dão o conforto nos (a)braços do amor.
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Dizem por aí que tenho o dom de encantar com as palavras. Verdades ou boatos, continuo escrevendo como forma de levar às pessoas o que sinto, o que passo e o que penso. As conexões entre aquelas, por assim dizer, faz-se de grande importância para que o objetivo final das palavras soadas (ou escritas) seja alcançado. Ou seja, de que se transponha a força do pensamento e a pureza do coração.
Bem vindxs ao Indeed, onde o de fato figura-se entre as mais singelas incertezas. @vinirodriguesarq
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